terça-feira, 23 de junho de 2015

Aceno de Sentimentos























Não sirvo pra ti, sou livre demais
Quando findar o outono estarei distante
Sou uma gaivota de vôos florais
Não me prendo ao amor sufocante

A vida se traça em triste metade
Como posso conhecer todas as flores
Acorrentando minha révora da eternidade?

E esse abraço que recuso e tanto reclamas
Parece enfraquecer a tua alma inata
E essa lágrima sem gemidos que derramas
Parece querer compor uma sonata

Vou levantar sem ruído ofegante
Não me acompanhes por nós, te peço
Não fales, não te movas, não cantes...
Não chames, não olhes, não me despeço

Não me queiras bem nem mal, admira-me!

Catarina Fontan


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