terça-feira, 23 de junho de 2015

Ladrãozinho de Flores

















Ele pulava a cerca e escondia-se no jardim.
Queria roubar as flores, mas escondia-se de mim...
As flores eram do jardim, não eram minhas.
Que incoerência, escondia-se de mim,
mas as flores eram do jardim...

Um dia, dei a volta e roubei-lhe o agasalho... 
Permiti que me visse mal-escondida atrás do galho.
Pobre menino, nada sobre roubos entendia,
Por que não me cobrou seu agasalho que me cobria?

Catarina Fontan
(Manuscrito datado: Maio 1973)



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